sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Patrimônio Vivo de Pernambuco - 2010

Estão abertas as inscrições para o edital 2010 do Registro de Patrimônio
Vivo (RPV) de Pernambuco. Podem se candidatar pessoas físicas ou grupos
culturais, constituídos juridicamente ou não. Os interessados têm até o dia
22 de outubro para se inscrever. O edital, o regulamento e os formulários de
inscrição estão disponíveis nos links abaixo:

[Patrimônios Vivos de Pernambuco] Anexo I e II - formulário de inscriçãoRPV[Patrimônios Vivos de Pernambuco] Regulamento do VI concurso do RPV
2010Vivos de Pernambuco] Lei do RPV PE - n.
12.196[Patrimônios Vivos de Pernambuco] Decreto - n.
27.503
Anualmente, o Governo do Estado concede o título vitalício a três
personalidades que fazem a história cultural de Pernambuco. Para concorrer,
as candidatura ao RPV devem ser propostas por prefeituras ou secretarias
municipais de Cultura, a Secretaria Estadual de Educação, o Conselho
Estadual de Cultura, a Assembléia Legislativa ou entidades sem fins
lucrativos constituídas há pelo menos dois anos e que tenham como uma de
suas finalidades a proteção ao patrimônio cultural ou artístico estadual.

Cada proponente só pode apresentar uma candidatura por ano. Para participar
enquanto pessoa física é preciso ter nacionalidade brasileira, residir no
Estado há mais de 20 anos e comprovar currículo de trabalho na área cultural
há mais de 20 anos, além de apresentar declaração de renda. Já os grupos
culturais, além da declaração de renda, precisam comprovar ter 20 anos de
existência em Pernambuco e atuação no fomento à cultura popular e
tradicional pelo mesmo período de tempo.

Atualmente, Pernambuco conta com 21 patrimônios vivos em atividade. São eles
o cineasta Fernando Spencer, a cirandeira Lia de Itamaracá, a circense Índia
Morena, o sanfoneiro Camarão, os ceramistas Mestre Nuca e Zé do Carmo, os
xilógrafos Dila, José da Costa Leite e J. Borges, a coquista Selma do Coco e
os artesãos Zezinho de Tracunhaém e Manuel Eudócio. Também são patrimônios
vivos os seguintes grupos culturais: a Banda Curica, de Goiana – mais antiga
do Brasil – o Teatro Experimental de Arte (TEA), de Caruaru, a Confraria do
Rosário, fundada por escravos, o Clube de Alegorias e Crítica Homem da Meia
Noite, de Olinda, o Maracatu Leão Coroado e o Caboclinho Sete Flexas (sic),
do Recife. Selma do Coco, TEA e Caboclinhos Sete Flechas receberam o título
em 2008.

Ano passado foram selecionados o Maestro Nunes, o Maracatu Estrela Brilhante
de Igarassu e o Clube Indígena Canindé. Mestre Salustiano, Ana das
Carrancas e Canhoto da Paraíba – que também foram contemplados - faleceram
em 2008.

*RECONHECIMENTO EM VIDA* Instituída em 2002, a Lei do Registro do
Patrimônio Vivo de Pernambuco tem como objetivo reconhecer e valorizar as
manifestações populares e tradicionais da cultura pernambucana, bem como
garantir que mestres e grupos repassem seus conhecimentos às novas gerações
de aprendizes. A Lei institui, no âmbito da administração estadual, o
Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco. Aqueles que forem
selecionados pelo conselho estadual de Cultura serão registrados pela
Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco e terão como responsabilidade
firmar um compromisso com a salvaguarda das manifestações das quais são
representantes.

O principal trunfo da Lei de Patrimônio Vivo é que se reconhece ainda em
vida o trabalho dos mestres e grupos culturais da terra na construção de um
patrimônio cultural. A Lei prevê a concessão de bolsas vitalícias no valor
de R$ 750,00 mensais para pessoas físicas e R$ 1.500,00 mensais para grupos
culturais como incentivo do Governo de Pernambuco à realização e perpetuação
de suas atividades. Além disso, os registrados na Lei do Patrimônio Vivo
assumem a missão de transmitirem os seus saberes e fazeres a aprendizes em
eventos ou em programas de ensino e aprendizagem promovidos pela Fundarpe. O
objetivo é manter e preservar as expressões da cultura popular e tradicional
pernambucana.

Para quem quiser conhecer um pouco mais da história de cada Patrimônio Vivo
do Estado, o Portal Pernambuco Nação Cultural disponibiliza conteúdo neste *
link http://www.nacaocultural.pe.gov.br/patrimoniosvivospe>*. Já parte do
acervo de candidatos das edições anteriores se encontra digitalizado e fica
acessível ao público para consulta na biblioteca da Fundarpe. Outra rica
fonte de informação é o Livro dos Patrimônios Vivos de Pernambuco, também
disponível na internet pelo endereço:
www.nacaocultural.pe.gov.br/cartilha-patrimonios-vivos-de-pernambuco*<http://www.nacaocultural.pe.gov.br/cartilha-patrimonios-vivos-de-pernambuco>

*Confira a lista dos Patrimônios Vivos de Pernambuco*

- Banda Musical Curica (banda filarmônica, Goiana)
- Caboclinho Sete Flexas (caboclinho fundado em 1973, Recife)
- Camarão (sanfoneiro, Recife)
- Clube Indígena Canindé (caboclinho, Recife)
- Confraria do Rosário (irmandade religiosa fundada provavelmente em 1777,
Floresta)
- Dila (xilogravurista e cordelista, Caruaru)
- Fernando Spencer (cineasta, Recife)
- Homem da Meia-Noite (clube de carnaval, Olinda)
- Índia Morena (artista circense, Jaboatão dos Guararapes)
- J. Borges (xilogravurista e cordelista, Bezerros)
- José Costa Leite (xilogravurista e cordelista, Condado)
- Lia de Itamaracá (cirandeira, Itamaracá)
- Maestro Nunes (maestro de frevo, Recife)
- Manuel Eudócio (artesão em, Caruaru)
- Maracatu Estrela Brilhante (maracatu nação fundado provavelmente em 1824,
Igarassu)
- Maracatu Leão Coroado (maracatu nação, Olinda)
- Nuca (artesão em cerâmica, Tracunhaém)
- Selma do Coco (mestra de coco de roda, Olinda)
- Teatro Experimental de Arte (grupo de teatro fundado em 1969, Caruaru)
- Zé do Carmo (pintor e escultor, Goiana)
- Zezinho de Tracunhaém (artesão em cerâmica, Tracunhaém)

Cartilha Patrimônios Vivos de Pernambuco

Fundarpe

Patrimônios Vivos de Pernambuco
Publicação da trajetória dos \"patrimônios Vivos de Pernambuco\", e
consequentemente, seus múltiplos saberes, histórias e memórias, produzido
pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco.
Ana da Carranca, Camarão, Manuel Eudócio, J. Borges, Nuca, Canhoto da
Paraíba, Maracatu Leão Coroado, Zé do Carmo, Banda Musical Curica, Lia de
Itamaracá, Dila, Manuel Salustiano, Índia Morena, Homem da Meia-Noite, José
Costa Leite, Zezinho de Tracunhaém, Cofraria do Rosário, Fernando Spencer,
Teatro Experimental de Arte, Caboclinho Sete Flexas, Selma do Coco, Maestro
Nunes, Clube Indígena Canindé, Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu.

Para
acessar a publicação clique aqui

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