sexta-feira, 8 de junho de 2012

Conhecendo a História através dos Museus 2. São José da Coroa Grande

O turismo tradicional é muito forte em Pernambuco e em todo o mundo. Praias, boates, shows, restaurantes e bares. Já há algum tempo o turismo de aventura, principalmente, e o turismo histórico tem atraído turistas que querem fugir do turismo e dos roteiros tradicionais. Há também um culto muito forte, principalmente em nossas terras, que viagem de férias e turismo é para o exterior. Alguns enxergam com dificuldade como nosso país é belo. O frio cotidiano nos mostra com cru realismo a pobreza, poluição, descaso e feiúra. Nos últimos anos tenho levado meus alunos do Ensino Médio, na disciplina de história a conhecer os museus do Estado de Pernambuco e pontos de relevância para conhecer a história do país. Além dos museus temos tentando olhar para nossas cidades de uma outra forma. Fugindo dos dias hiper-movimentados, como a semana normal de trabalho ou os feriados em que o corre-corre esconde a natureza e as paredes que também compõem a história. Fugindo também do lugar comum do turismo, fomos desbravar o já desbravado, olhar o já olhado e temos encontrado, tão perto de nós pedaços incríveis da história pernambucana, além de uma beleza natural ainda não tão explorada ou procurada pela indústria do turismo. Este mês de maio estivemos em São José da Coroa Grande, orientados pelo professor Bertrando Bernardino, inteligência vivaz e apaixonado pela cidade nos guiou a um passeio idílico que deixou uma marca vivaz em professores e alunos de nosso grupo.

Atravessamos a história colonial e imperial através do Engenho Morim, belissimamente conservado. Com uma área de Proteção Ambiental que nos proporcionou uma caminhada por um pedaço da Mata Atlântica pré-cabralina ainda intacta. Uma visita altamente enriquecedora ao Museu do Uma, mantido com sacrifício sem apoio do poder público e que conta uma parte importante da história econômico-social e também da história natural do local. E um mergulho fascinante, através de passeio a barco, pelo rio Una, com todas as variedades possíveis de mangue em um manancial cujo encontro com o mar é uma visão da grandiosidade e da beleza da natureza. A cidade claro é ponto turístico já reconhecido, mas passamos ao largo dos prazeres mundanos do turista comum; tivemos todos esses lugares, quase que exclusivamente todo para nós. Dividimo-lo apenas com os moradores, alguns descendentes de famílias que estão lá a mais de século. Fui uma aventura sem riscos, mas foi uma grande aventura.

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