sexta-feira, 27 de julho de 2012

MOBILIDADE URBANA E PRIVATIZAÇÃO DAS RUAS


              O tema do momento: mobilidade urbana. São milhares de carros e motos jogados as ruas em todo o Brasil. Dizem que por causa do bom momento econômico que atravessa o país. Automóvel também não é mais simplesmente, símbolo de status, apesar de continuar sendo ótimo para paquerar, passear ir a balada ou o que o que o cavaleiro ornado com esta armadura moderna o desejar. O carro, hoje em dia é acima de tudo utilitário, ainda mais com a qualidade de nosso sistema de transporte público.
              Mas o que fazer, como organizar o trânsito cada dia mais caótico de nossas metrópoles? Resposta obvia: obrigação de quem, de acordo com a lei, deve organizar o trânsito. No caso do Recife, a CTTU ou, na parte que cabe ao governo do Estado através do Grande Consórcio Recife (antiga EMTU). Mudam-se os nomes, mas não as responsabilidades nem os problemas.
             Vamos para exemplos concretos, observando as imagens abaixo.

 
          Avenida Dr. José Rufino, trecho Tejipíó. Fluxo de milhares de carros de todos os tamanhos e tipos que transitam desde Afogados atravessando outros bairros extremamente populosos como Areias, Barro, Tejipió, com dezenas de ramificações entre outras comunidades e indo até as fronteiras do município de Jaboatão dos Guararapes, com tráfego intenso em sua via de mão dupla. Um caminhão enorme, que por si só limita o caminho em qualquer lugar, descarregando em horário de pico, e ainda, acrescentando cones para, provavelmente, facilitar e garantir a segurança dos encarregados do desembarque de bebidas e refrigerantes. Acrescente-se um carro de passeio tranqüilamente estacionado e bicicletas nas calçadas, também no processo de embarque/desembarque de bebidas e refrigerantes, ocupando o espaço dos pedestres. Quantas infrações estão sendo cometidas neste momento?

              Outro exemplo não menos absurdo, neste fenômeno da privatização das ruas é o caso de uma rua transversal em Afogados em meio à feira, lojas e camelôs. Uma rua foi “reestruturada” com um portal improvisado e transformada em estacionamento para motos. Eliminando-se a possibilidade de passagem para outros veículos. Alguém deu autorização para isso? 



              De qualquer modo, não adiantam leis, nem órgãos fiscalizadores onde a falta de bom senso e a má-educação imperam. Porque é fácil cobrar dos governantes, quando nos cidadãos não fazemos nossa parte. Quando se joga a culpa para cima, invariavelmente, ela cai na nossa cara.

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