quinta-feira, 27 de junho de 2013

SOBRE A ONDE DE PROTESTOS NO BRASIL




O marco necessário de qualquer movimento tem que ser a democracia como valor universal! Repudiar os partidos não vai melhorar a democracia, participação sim!

Não há monstro! Mas também não é um MOVIMENTO, no sentido sociológico. Existe sim uma raiva, uma insatisfação, um abuso contra tudo que esta ai. Se as pessoas esperam mudanças concretas com atos de rua, se enganaram, porque não existe uma pauta orientada, mas como disse, uma soma de todas as insatisfações. Quem esta no movimento há muito tempo, compreenderá fácil o que digo. E deixo registrado: a herança de todas essa ações será:
 (1) essa meninada que estava apática em casa, começar a mobilizar a escola, comunidade, associações de moradores, igreja, etc para mudar seu cotidiano, coisa que não fazem;
(2) os governantes, não importa a cor partidária, mudarem sua postura em relação ao povo e mudarem sua pauta de poder voltada para uma elite com a cabeça no exterior e passarem a temer a vontade popular.

Insatisfação generalizada de uma parcela da população com os rumos conservadores e retrógrados de nossos governantes que faz concessões excessivas à parcela atrasada de nossa elite para poder governar. Não há um projeto, mas uma insatisfação geral, uma raiva de a muito alimentada.

Mas é óbvio que tudo isso pode levar a algo bem maior. Vi discursos inflamados e diria obtusos contra a política. Como, se você esta fazendo política enquanto se manifesta. Talvez não esteja satisfeito com o atual quadro partidário. A democracia representativa parece não representar os canais necessários para atender as reais demandas da sociedade. Mas, CUIDADO. Esse discurso contra os partidos, “políticos” foi muito usado por Hitler, Mussolini e quem lembra? O mais político não-político da história recente do Brasil: Fernando Collor.

Vi analistas falando que foi um levante da parte mais intelectualizada da sociedade dentro da classe média, o que discordo. A classe média quando se articula, o faz em pautas bem especificas, apesar de o caldo de cultura ser guiado por questões morais, como hoje, o absurdo da corrupção. O ruim é que a classe média pode se mover rapidamente para a direita do processo político.

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