domingo, 21 de julho de 2013

Obsolescência Programada





          

           Obsolescência programada é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto. O produto é desenvolvido para durar apenas um período programado pelo seu fabricante. Com esta prática, o consumidor já compra um produto que tem validade mais curta do que deveria. O próximo passo é não funcionar adequadamente após o limite estabelecido pela fábrica – aquele produto que funciona que é uma maravilha durante o prazo de garantia - ou parar de funcionar.
              A obsolescência programada foi criada, na década de 20, pelo então presidente da General Motors Alfred Sloan. Ele procurou atrair os consumidores a trocar de carro frequentemente, tendo como apelo a mudança anual de modelos e acessórios. Com a crash da Bolsa de Valores de New York em 1929, tornou-se uma necessidade para manter as fábricas funcionando e garantir empregos.

 
                                                                       Alfred Sloan

              

           O seu maior divulgador ainda nos anos 30 foi o também industrial e designer Clifford Brooks Stevens com a idea de “incutir no comprador o desejo de possuir algo um pouco mais novo...antes do necessário!. É uma prática intencional que tem sido aplicada por todas as empresas e aceita por governos e pelo público consumidor também, em uma sanha louca de estar usando sempre o aparelho da moda, principalmente nessas épocas de celular, tablets e congêneres, com centenas de aplicativos que fazem mil coisas que mesmo que você não use, tornaram-se símbolo de estatos.


             Matéria publicada no G1 indica que 80% do lixo eletrônico produzido nas nações ricas é destinado aos países em desenvolvimento. Anualmente 40 bilhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidos, em que 70% vão parar na China e de lá são exportados para outros países como Cambodja e Vietnã.
 

              No documentário espanhol “Obsolescência programada”, no português “Comprar,tirar,  comprar” , de 2011, levantou  discussão ao tema apresentando a prática da obsolescência desde a indústria capitalista de 1930 e 1940.  Motivado pelos mitos que circulavam na internet a cerca de lâmpadas que duram para sempre em que o inventor de repente desaparecia, a diretora Cosima Dannoritzer  decidiu fazer o filme  para descobrir se havia verdade por trás dos mitos.  ”E, como se pode ver no filme, a verdade é ainda mais estranha do que todos os mitos”, enfatiza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário