Obsolescência programada é a decisão do produtor de
propositadamente desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de forma que se
torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar
a nova geração do produto. O produto é desenvolvido para durar apenas um período
programado pelo seu fabricante. Com esta prática, o consumidor já compra um
produto que tem validade mais curta do que deveria. O próximo passo é não
funcionar adequadamente após o limite estabelecido pela fábrica – aquele
produto que funciona que é uma maravilha durante o prazo de garantia - ou parar
de funcionar.
A obsolescência programada foi
criada, na década de 20,
pelo então presidente da General Motors Alfred Sloan. Ele procurou atrair os
consumidores
a trocar de carro frequentemente, tendo como apelo a mudança anual de modelos e
acessórios. Com a crash da Bolsa de Valores de New York em 1929, tornou-se uma
necessidade para manter as fábricas funcionando e garantir empregos.
O
seu maior divulgador ainda nos anos 30 foi o também industrial e designer
Clifford Brooks Stevens com a idea de “incutir no comprador o desejo de
possuir algo um pouco mais novo...antes do necessário!. É uma prática
intencional que tem sido aplicada por todas as empresas e aceita por governos e
pelo público consumidor também, em uma sanha louca de estar usando sempre o
aparelho da moda, principalmente nessas épocas de celular, tablets e congêneres,
com centenas de aplicativos que fazem mil coisas que mesmo que você não use,
tornaram-se símbolo de estatos.
Matéria publicada
no G1 indica que 80% do lixo eletrônico produzido nas nações ricas é destinado
aos países em desenvolvimento. Anualmente 40 bilhões de toneladas de lixo
eletrônico são produzidos, em que 70% vão parar na China e de lá são exportados
para outros países como Cambodja e Vietnã.
No documentário espanhol
“Obsolescência programada”, no português “Comprar,tirar, comprar” , de
2011, levantou discussão ao tema apresentando a prática da obsolescência
desde a indústria capitalista de 1930 e 1940. Motivado pelos mitos que circulavam
na internet a cerca de lâmpadas que duram para sempre em que
o inventor de repente desaparecia, a diretora Cosima
Dannoritzer decidiu fazer o filme para descobrir se havia
verdade por trás dos mitos. ”E, como se pode ver no filme, a
verdade é ainda mais estranha do que todos os mitos”, enfatiza.
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