O tema do momento: mobilidade
urbana. São milhares de carros e motos jogados as ruas em todo o Brasil. Dizem
que por causa do bom momento econômico que atravessa o país. Automóvel também
não é mais simplesmente, símbolo de status, apesar de continuar sendo ótimo
para paquerar, passear ir a balada ou o que o que o cavaleiro ornado com esta
armadura moderna o desejar. O carro, hoje em dia é acima de tudo utilitário,
ainda mais com a qualidade de nosso sistema de transporte público.
Mas o que fazer, como organizar o
trânsito cada dia mais caótico de nossas metrópoles? Resposta obvia: obrigação
de quem, de acordo com a lei, deve organizar o trânsito. No caso do Recife, a
CTTU ou, na parte que cabe ao governo do Estado através do Grande Consórcio
Recife (antiga EMTU). Mudam-se os nomes, mas não as responsabilidades nem os
problemas.
Vamos para exemplos concretos,
observando as imagens abaixo.
Avenida Dr. José Rufino, trecho Tejipíó. Fluxo de milhares de carros de
todos os tamanhos e tipos que transitam desde Afogados atravessando outros bairros
extremamente populosos como Areias, Barro, Tejipió, com dezenas de ramificações
entre outras comunidades e indo até as fronteiras do município de Jaboatão dos
Guararapes, com tráfego intenso em sua via de mão dupla. Um caminhão enorme,
que por si só limita o caminho em qualquer lugar, descarregando em horário de
pico, e ainda, acrescentando cones para, provavelmente, facilitar e garantir a
segurança dos encarregados do desembarque de bebidas e refrigerantes. Acrescente-se
um carro de passeio tranqüilamente estacionado e bicicletas nas calçadas, também
no processo de embarque/desembarque de bebidas e refrigerantes, ocupando o espaço
dos pedestres. Quantas infrações estão sendo cometidas neste momento?
Outro exemplo não menos absurdo,
neste fenômeno da privatização das ruas é o caso de uma rua transversal em
Afogados em meio à feira, lojas e camelôs. Uma rua foi “reestruturada” com um
portal improvisado e transformada em estacionamento para motos. Eliminando-se a
possibilidade de passagem para outros veículos. Alguém deu autorização para
isso?
De qualquer modo, não adiantam
leis, nem órgãos fiscalizadores onde a falta de bom senso e a má-educação
imperam. Porque é fácil cobrar dos governantes, quando nos cidadãos não fazemos
nossa parte. Quando se joga a culpa para cima, invariavelmente, ela cai na
nossa cara.