Não sou o poeta que vai morrer bêbado,
Cheirar as flores adubadas com a sujeira do mundo.
De mim mesmo só quero a tristeza
Para enterrar a alegria com honras e lamentos.
Do abismo mais profundo quero saldar a imortalidade
Beber meu sangue como vinho abençoado,
Guardando as últimas forças para
Exaltar meus limites:
“Que o sol não brilhe amanhã,
Que a noite nunca se acabe para nós”
Quando o Deus que me sustenta morrer !
A tristeza cobrirá meu rosto, por me ver
Liberto desta fantasia.
Não sei mais quem sou, pois não há
Mais ninguém para dizer o que realmente fui.
A luz cega meus olhos, pois nasci na escuridão.
Não ouso olhar no espelho,
Pois o que vejo me da pena.
Preciso nascer de novo
Pois hoje não consigo viver.
Da vida, levo apenas a vida,
E do sonho, meu pesadelo !
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